domingo, 3 de abril de 2011

Ah, a Paixão!



O Bicho Papão chamado PAIXÃO.

É... Isso mesmo. A paixão neste exato momento me assusta. Ando concentrada, seguindo tranquilamente meus objetivos. 
 A paixão quando chega, destrói tudo de sensato que existe na minha tão estimada racionalidade. Me deixa sem sono,  sensível e totalmente cega. 
   Ah, a paixão! Tão obsessiva, egoísta... Só pensa no seu prazer próprio. Que vem do verbo latino, patior, e significa sofrer ou suportar uma situação dificil; é uma emoção de ampliação quase patológica. O prazer obscuro de desejar o outro em seus braços, mesmo que seja essa, uma missão quase que impossível. A paixão desatina, tira a lucidez, estremece a linha tênue da coerência e a incoerência.
 Mas por pior que seja este 'bicho papão' chamado de Paixão, ela é gostosa. É um portal pra o lindo mundo das maravilhas, das fantasias. 
 Agora, porque eu tenho tanto medo? Já que quando ela é completamente correspondida,  causa grandiosa felicidade e satisfação ao apaixonado? 
   Houve um dia, que um passarinho azul contou ao meu ouvido que a Paixonite Aguda do Miocárdio mata sua vítima de uma forma brutal. Caso a medicação não seja realizada da forma correta, o enfermo sofrerá muito antes de chegar a óbito. É uma dor na alma tão profunda, que nem mesmo as lágrimas aliviam a angústia. A cura acontece quando a paixão morre e o amor nasce em seu local. Ai sim, tudo se equilibra. O organismo funciona na sua mais perfeita homeostasia. 
  É... É complidado. E antes que me perguntem, considero uma patologia sim, uma patologia amorosa, um superlativo fantasioso da realidade sobre o outro.
   É uma doença... E desse mal quero manter-me longe.
  Eu fico com o querer bem. Com o desejo saudável de desejar o próximo. Onde se mede o certo e o errado. O que pode e o que não pode.
  Vivo num intensa guerra com meu coração. E digo que consigo controlá-lo. Por vezes tenho recaídas, logo em seguida tomo o rumo e sigo em frente. 
  Quero bem sem amarras, sem receios, sem impossibilidades, sem medo de seguir. Trabalhar o psicológico ajuda muito. Sejamos fortes: Está na moda envolvimentos saudáveis. Mas grande maioria me acha cafona. Deixa eu ser... To aqui, cheia de saúde, com a mente fulminado idéias mirabolantes  e o coração esbanjando o 'bem querer.' 

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